O caminho das águas
Interessante pensar que nosso planeta é composto por 3/4 de água, que são divididos em águas salgadas ocupando 97% de espaço, geleiras somam 2% e somente 1% de água doce. Isto é, água potável. Assim como a Terra, nosso corpo é composto de cerca de 70% de água.
Como símbolo de pureza e fonte de vida, a água ocupa um espaço central em várias religiões.
Toda via, quero mesmo é refletir sobre o fascinante caminho das águas que simbolizam a renovação do nosso ser.
Peço licença a vocês para esboçar minha reflexão no ponto de vista “matuto”, nas minhas origens sertanejas. Desde criança, sempre fui fascinada com o percurso das águas.
No trajeto de quase 4 km de minha casa ate à escola, na beira do caminho, a água minava da terra. Improvisávamos um talo de bananeira para formar uma bica e deliciar-se tomando aquela água. Aquilo era motivo de alegria, diversão e muitas vezes de chegarmos atrasados na aula também...
Depois, no caminho de volta para casa, brincávamos na beira de um riacho. Lá, fazíamos barquinhos de papel e nossos olhos perdiam no tempo do relógio para ver qual barco ia mais longe.
Tempos mais tarde conheci o mar. O mar doce de águas salgadas, o mar bravo de ondas gigantescas. Mar que leva areia a praia, mas depois a busca de volta com suas ondas. Mar que inspira medo e seduz para ir além. Mar de tormentas e calmaria. Mar de tantos mistérios e grandes horizontes.
Atrai aventureiro, acolhe os amantes, consola os solitários. Palco de risos e dores, avisa aos navegantes que do outro lado há um porto, um novo horizonte, uma terra prometida. Por que não?
As águas seguem seu percurso com o objetivo de encontrar o mar e nisso consiste um processo de desafiar e vencer todos os obstáculos. Ou se tornarão poça, lagoa e poderão evaporar e secar.
Mas o que me encanta no caminho das águas é a renovação para que o processo flua. A nascente tímida cumpre o seu papel no anonimato de rasgar do seio da terra e jorrar, entregar-se humildemente ao leito do rio.
O rio, por sua vez, vai contornando todo o obstáculo, valente destemido, faz curvas, enfrenta pedras, é agredido pelas mãos do homem. O rio não desiste, ora manso, ora bravo ele segue seu destino até chegar ao mar. Como prova de gratidão, o mar acolhe o rio em sua imensidão e não há mais diferença, tudo se mistura na grandeza do oceano e na beleza das águas refletindo o azul celestial.
No caminho processual das águas, descobri que cada um exerce o seu papel sem querer modificar a ordem da natureza. A nascente, o rio e o mar compreendem entre si que todos têm algo em comum. Manter o ciclo vitalício da fonte da vida. Que bom seria se o ser humano aprendesse com a natureza, como berço de Deus para nosso descanso e evolução.
5 comentários
Dar, que linda reflexão, desejo uma semana abençoada para vc e que no decorrer desta, Deus possa estar te capacitando e dando sabedoria necessaria para contornar qualquer obstáculo que possa vir.
ResponderExcluirbjs
Majô
Dar, que linda reflexão, desejo uma semana abençoada para vc e que no decorrer desta, Deus possa estar te capacitando e dando sabedoria necessaria para contornar qualquer obstáculo que possa vir.
ResponderExcluirbjs
Majô
Adorei , que coisa linda.
ResponderExcluirParabéns.
Beijos.
Muito bonito o texto, sabia comparação.
ResponderExcluirJanaína
Sempre que posso visito seu blog, ele tem sido fonte motivadora para mim.
ResponderExcluirParabéns!
Paula,
Iatjubá - MG